A Unidade Ambiental (UA) está localizada na Estação Experimental da EPAGRI (EEI), na Rodovia Antônio Heil, nº 6800, Bairro Itaipava, Itajaí, SC. Localiza-se ao sul da rodovia, numa área de 260.935m² (26,09ha), em forma de retângulo e suas extremidades têm as coordenadas 26º57'29.34'' S e 48º46'4.50'' O; 26º57'46.90'' S e 48º46'7.35'' O; 26º57'28.88'' S e 48º45'44.63'' O; 26º57'14.40'' S e 48º45'43.33'' O.
O tipo de solo predominante é o Cambissolo, sendo que na parte sul, predomina o Gleissolo. Existe um remanescente florestal de Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) de 36.000 m². Atualmente apenas dois ha da área total são ocupados por um banco de germoplasma de bananeiras. O restante da área era ocupado basicamente por gramíneas e algumas árvores de silva (Mimosa bimucronata).
Na área passam dois ribeirões. O Ribeirão da Paciência, na divisa da área no lado oeste com extensão de 510 m e largura média de 2 m. O Ribeirão dos Doze está localizado tanto na área sul como na área norte da rodovia e é um dos afluentes do Rio Itajaí Mirim, que passa nos fundos da área da EEI.Na área da UA tem uma extensão de 540 m e largura média de 2 m. Os dois ribeirões não possuíam mata ciliar e foram completamente assoreados pela gramínea braquiária (Brachiariadecumbens).
A Unidade Ambiental tem como objetivos desenvolver pesquisas relacionadas à recuperação de áreas de preservação permanente (APP); recuperação das APPs e estabelecer a área de reserva legal da EEI; servir como unidade para educação ambiental; e através de parcerias, para termos de ajuste de conduta e projetos de neutralização de carbono.
Na área de pesquisa estão em andamento três experimentos dentro do Projeto Implantação de modelos de mata ciliar em córregos na Estação Experimental de Itajaí (Estudo de diferentes métodos de recuperação de mata ciliar na EEI - plantio adensado, plantio em quincôncio, plantio em ilhas vegetativas, nucleação, sistema agroflorestal e regeneração natural); Estudo de diferentes áreas de preservação permanente em conflito de uso de solo (APP x Pastagem); e Avaliação dos atributos físico-químicos e biológicos de solo.
A área de pesquisa tem por finalidade a difusão dos modelos de recuperação de matas ciliares principalmente para produtores, técnicos e estudantes. As áreas de APP já foram recuperadas e 65% da área de reserva legal (17,1 ha) estão implantados. No dia 5 de junho de 2014, foi entregue a comunidade a Trilha Ecológica, com extensão de 1.322 m, sendo 395 m dentro da mata, para promover a educação ambiental.
Ao longo da trilha tem métodos de recuperação de áreas degradadas (abrigo para fauna, transplante de serapilheira, poleiro artificial, plantio de mudas e transposição de chuva de sementes) e estações temáticas (compostagem, água, biodiversidade, lixódromo, sítio dos pontos cardeais, sítio das plantas símbolos e jardim das bromélias).
No eixo das parcerias foram implantados dois projetos de Neutralização de Carbono (Portonave e Juntos pelo Rio) e dois Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas/PRADs (Empresa Hoffmann Metalúrgica Ltda/FAMAI e Indústria de Farinha de Peixe KenyaLtda/FATMA).
Autores: Juarez José Vanni Müller, Alexandre Visconti, Neri Samuel Dalenogare, Fábio Martinho Zambonim, Antônio Amaury Silva Júnior e Teresinha Catarina Heck
