Produzido nas regiões mais altas de Santa Catarina e com características bem específicas, o mel de melato é candidato para obtenção de uma Indicação Geográfica (IG), se tornando um patrimônio regional. O mel de melato é também sucesso no mercado internacional e 90% da produção catarinense é destinada a Europa. São cerca de 800 apicultores dedicados à extração desse mel em municípios da Serra e Planalto Norte.
A produção é feita apenas em anos pares, durante os meses de janeiro a maio. Para sua fabricação são necessárias as abelhas, um inseto chamado de cochonilha e a árvore de bracatinga. Ele é produzido pelas abelhas, em épocas de escassez de néctar, a partir do líquido açucarado que a cochonilha expele ao se alimentar da seiva da bracatinga. O mel de melato é mais escuro, tem menos açúcares e mais minerais, ele dificilmente cristaliza.
O processo para Certificação é baseado em dossiês técnicos e científicos da Epagri, em parceria com o Sebrae, a Faasc e a UFSC. A intenção dos estudos é demonstrar que a produção do mel de melato da bracatinga está relacionada às condições naturais do Planalto Sul Brasileiro, os produtores da região encaminharão o dossiê ao Inpi para obter o selo de Indicação Geográfica, na modalidade Denominação de Origem. O IG estabelecerá as normas que deverão ser cumpridas pela cadeia produtiva do mel de melato, desde a extração até a comercialização.
O grande benefício da IG é agregar valor à produção local, diferenciando o mel produzido na região devido a suas qualidades únicas. A partir de um selo, os consumidores saberão que o produto possui características especiais relacionadas com aspectos geográficos, de clima, cultivo e manejo.
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