Dada a importância desta cadeia produtiva, a Epagri vem desenvolvendo tecnologias sustentáveis para uma das principais doenças que acomete a cebola: as bacterioses. Elas são responsáveis por grandes perdas no campo, no armazenamento e na comercialização.
“Uma das linhas de pesquisa na área de fitopatologia concentra-se na detecção e na caracterização das principais espécies de bactérias causadoras de podridão nos bulbos de cebola em Santa Catarina”, explica a pesquisadora da Estação Experimental da Epagri em Ituporanga (EEItu).
A cebola pode ser atacada por várias espécies bacterianas. Nos países onde essa hortaliça é cultivada já foram reportadas 12 bactérias. No Brasil, quatro dessas espécies merecem destaque, causando podridão mole, e três tipos de podridão das escamas.
As podridões são de difícil controle. Após seu surgimento, é impossível curar a planta infectada pela bactéria. “Até o momento não estão disponíveis ferramentas antibacterianas eficazes para serem utilizadas na cultura da cebola. Portanto, a correta identificação do agente causal, o entendimento do ciclo do patógeno e dos fatores que afetam a incidência e a severidade da doença são fundamentais para estabelecer as estratégias de controle”, esclarece a pesquisadora.