Maior painel brasileiro da vida marinha é pintado no Projeto Toninhas/Univille

Alexandre Huber supera sua marca e cria mural com cerca de 270m² retratando a fauna marinha do litoral catarinense em São Francisco do Sul

O artista plástico de reconhecimento internacional, Alexandre Huber, criou na Univille, em São Francisco do Sul, um mural de aproximadamente 270 m². O painel retrata animais da fauna marinha encontrados na região, como tartarugas e lobos-marinhos, diversas espécies de peixes, além de botos e toninhas.

A pintura, que aconteceu no prédio da Unidade de Estabilização de Animais Marinhos, onde opera uma das bases do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP/BS), marca um recorde do artista. Membro da Ocean Artist Society (USA) desde 2015, Huber já criou mais de 50 painéis em todo país e o marco anterior havia sido registrado no Balneário Piçarras - SC, com uma pintura de 210 m².

O artista, também, ministrou uma palestra sobre a conservação da vida marinha e uma oficina de pintura em tela para os estudantes do Colégio Univille. As atividades compõem o calendário do Espaço Ambiental Babitonga (ESAB), local onde são realizadas diversas ações de educação ambiental. O ESAB já recebeu mais de 42 mil visitantes, que puderam conhecer o museu, a trilha ecológica e o Projeto Toninhas, que conta com patrocínio Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

A coordenadora de Educação Ambiental do Projeto Toninhas, Daiana Bezerra comenta a relevância desse acontecimento. “O trabalho artístico do Huber, com seu grande alcance e repercussão, vai auxiliar na aproximação dos visitantes às questões ambientais trabalhadas pela equipe do Projeto”. A coordenadora geral do Projeto, Marta Cremer concorda com a educadora. “A parceria com um profissional da envergadura do Huber nos honra. Precisamos cada vez mais de vozes que sensibilizem a população sobre a situação das toninhas e a luta pela conservação desse golfinho, que é o mais ameaçado de extinção do Oceano Atlântico Sul Ocidental”.

Huber comenta que o trabalho foi intenso, mas recompensador. “Atingir um marco como esse me deixa muito feliz, mais ainda por estar ao lado de profissionais responsáveis e engajados como os do Projeto Toninhas. Estou honrado em fazer parte dessa luta. É nossa missão proteger as toninhas para evitar o risco da sua extinção”, declara o artista, que completa dizendo que sempre buscou que sua arte tivesse uma função socioambiental. Além das atividades artísticas e educativas, que encerraram no dia 26 de março, Huber participou de um passeio pela Baía Babitonga para ver de perto a única população tipicamente estuarina de toninhas no Brasil.