Florianópolis já deu inicio a revolução agroecológica, três projetos são citados como sendo os principais responsáveis: O semear que implantou hortas medicinais em mais da metade dos centros de saúde do município; a Revolução dos Baldinhos, que desvia centenas de toneladas de resíduos orgânicos do aterro sanitário; ou o Pacuca (Parque Cultural do Campeche), que todos os sábados oferece produtos orgânicos retirados da horta comunitária em uma feira.A partir de agora, todas essas práticas estarão integradas através da PMAPO (Política Municipal de Agroecologia e Produção Orgânica), aprovada pela Câmara de Vereadores e em vigor desde o dia 6 de junho.
Hortas medicinais nos centros de saúde
Em 2016, através de uma campanha para o controle do mosquito da dengue em terrenos baldios, o município de Florianópolis iniciou o incentivo para outra destinação desses locais. A iniciativa resultou, em 2017, a criação do Programa Municipal de Agricultura Urbana, que agora será integrado à PMAPO.
Nesse momento, nós temos um foco que é a questão alimentar que dialoga com o conceito de cidades saudáveis. Nesse momento trabalhamos para a criação dessas hortas, que passam a ser organizadas pela própria comunidade. Em um segundo momento a proposta é trabalhar as feiras orgânicas e até mesmo a geração de renda.
Proposta para geração de renda
No horizonte das ações integradas, destaca o PSAU (Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos) que tramita na Câmara de Florianópolis. O projeto vai de encontro à PMAPO, já que prevê a remuneração às iniciativas que desviam materiais do aterro sanitário.
As hortas comunitárias, ou iniciativas como a Revolução dos Baldinhos, que recolhe orgânicos para produção de adubo na comunidade do Monte Cristo, seriam remuneradas pela economia que promovem aos cofres públicos. “Essa proposta pode incentivar a economia nesses espaços e promover a geração de renda, os tornando auto-sustentáveis”.